Sabes que quiçá escolheste a profissão errada, quando todos os dias ao acordar pensas que preferias ser portageiro numa autoestrada do Alentejo no turno da noite.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Olha, entupiu.
Sou perito em meter-me em situações embaraçosas, sejam elas quais forem. Quando pode dar asneira, e tendo sempre em conta a famigerada Lei de Murphy, é muito provável que eu esteja lá batido.
Mas há situações embaraçosas e há Situações Embaraçosas: e estas últimas. via de regra, envolvem cocó. Passo a explicar.
Imaginem a seguinte situação: estão em casa de amigos, num daqueles jantares de aniversário com gente que não conhecem e em que se esforçam minimamente por fazer boa impressão. A páginas tantas, talvez devido ao gin tónico que-antigamente-era-só-gin-com-água-tónica-mas-que-hoje-em-dia-é-uma-mariquice-pegada-com-uma-data-de-frutos-silvestres-que-eu-nem-sei-o-nome-servida-em copos-ainda-mais-mariconços, dá aquela vontadinha que ir ao WC fazer o número dois. Um gajo tenta aguentar, porque chamar o senhor castanho em casa alheia nunca se encontra no topo das preferências sociais, mas chega a um determinado em que é ele ou eu.
E lá vamos nós.
Tentando não demorar muito tempo, não vá o pessoal ficar a pensar coisas, rapidamente temos a tripa novamente livre depois de largar meio quilo da feijoada do almoço. E chega a parte em que puxamos o autoclismo. E, por sua vez, chega a parte em que entramos em pânico, porque...a sanita entupiu e água está a querer sair dali para fora, com tudo a que tem direito. E isto tudo em casa dos nossos amigos queques que têm convulsões até quando vêm migalhas de bolachas integrais no tapete da sala.
O que fazer? Não sei. Mas sempre optei pela saída cobarde: "Pessoal, quem é que foi o último a ir à casa de banho? Fez ali um lindo serviço, fez...".
Não há nada como uma saída airosa.
domingo, 26 de abril de 2015
Cenas de cota - II
Usam aqueles lenços de tecido para assoar o nariz.
E independentemente das vezes que o utilizam, metem-no sempre cheio de ranho dentro do bolso - preferencialmente do blazer - depois de o terem dobrado e feito o vinco como mandam as regras.
Cenas de cota - I
São os únicos que deixam mensagens de voz quando não atendes o telemóvel.
E chegam mesmo a manter monólogos acesos com o atendedor de chamadas.
Procrastinação
Eu já sabia que isto ia acontecer. "Ah e tal, vou recomeçar a minha vida nos blogues", mas passado um mês, ainda nem uma publicação fiz. Bem, sem contar com a primeira. E com esta, que também não conta.
Não sei o que se passa, se é da idade, ou do que quer que seja, mas parece que quanto mais velho fico, mas aprimoro os meus índices de procrastinação, que já de si sempre foram elevados. Mas fiz uma promessa a mim próprio que é desta que vou começar a escrever assiduamente. Tem que ser, e o que tem que ser, tem muita força.
E já que falo em "procrastinação", sempre achei que esta é uma daquelas palavras estúpidas e pretensiosas que são criadas para camuflar algo bem mais simples, como o é a simples "preguiça". Está ali na mesma onda do "brunch", que no fundo não é mais do que uma buchinha a meio da manhã para enganar a fome. Parece que, hoje em dia, é cada vez mais premente arranjar palavras mais arranjadas, ou mais retocadas, para definir uma coisa mundana.
Mas tenho de dar o braço a torcer: definir-me como "procrastinador" é melhor do que "preguiçoso".
Até parece que é uma coisa boa.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
E é isto.
Após mais de dois anos de pausa sabática, decidi voltar a esta coisa dos blogues.
Porém, e enquanto não arranjar paciência - que, para ser sincero, não abunda - isto vai ficar assim com este aspecto sensaborão e monocromático. Verdade seja dita que também nunca fui gajo para muitos rococós.
E também digo desde já que não sei quando é que escrevo um post a sério. Este serve só para avisar que estou de volta. Só não sei até quando, mas estou de volta.
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