quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Kizomba em percentagens.

Ninguém me tira da cabeça que 90% das pessoas que dançam kizomba apenas o fazem para andar no roça-roça. Dessa percentagem, 75% afirma veementemente que não, que não é para nada disso, porque do que gostam mesmo é da dança como arte. E desta última percentagem, 50% jura a pés juntos que tem muitas ligações com África, quando na verdade, o contacto mais íntimo que tiveram com a cultura africana foi daquela vez que comeram cachupa na semana intercultural nos tempos do secundário.

sábado, 1 de agosto de 2015

Lógica feminina.

Homem bonito, podre de rico, e com queda para badalhoquice, que faz propostas indecentes a uma pobre moça (como o gajo das 50 Sombras de Grey): é sexy, ousado e irresistível.
Homem feio, pobre (sem ser rico, vá), e com queda para a badalhoquice, que faz propostas indecentes a uma pobre moça: é um porco indecente, nojento, tarado, rebarbado, que vai acabar por levar com um processo judicial em cima, que com muito azar ainda vai bater com os costados na choça e ainda acaba a pagar uma indemnização por danos não patrimoniais.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Um pôr do sol no telhado é buéda fashion.

Ainda na senda do ultimo post – que já tem quase uma semana, mas isto agora é assim, funciona a ritmo turbolento – faço também questão de fazer menção aos “novos” tipos de festa que pululam pelo Facebook: as sunset parties e as rooftop parties.
 
Se forem rooftop no sunset, melhor ainda, especialmente se acompanhado de um gin com bagas e frutos silvestres ou de um champanhe GH Mumm (tem que ser este e não outro). Ou seja, se eu for a rooftop celebrar um sunset, não fica bem pedir uma imperial, sob pena de passar por brega. Por outro lado, ganho pontos extra no Facebook se, para além dos items atrás expostos, aparecer e identificar numa foto as minhas amigas betinhas Rita Sottomayor de Abreu ou Patrícia Vasconcellos e Silva (é imperativo ter três nomes meio pomposos com um “de” um “e”, ou apelido com duas consoantes tipo “tt” ou “ll”). E mais pontos extra ganho se uma dessas amigas tiver uma alcunha tipo “Bibá”, “Pituxa” ou algo assim meio bimbo que por ser aplicado a alguém da Linha passa a ser bem.
 
Estranho mundo este em que vivemos.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Será?

Se eu tiver ido de férias e não tiver publicado as fotos no Facebook, será que fui de férias?
 
Se eu tiver ido beber um copo com os amigos e não publicar fotos no Facebook, será que fui beber copos com os amigos?
 
Se eu for a um festival e não publicar fotos no Facebook, será que fui ao festival?
 
Se eu não tiver Facebook, será que existo?

terça-feira, 21 de julho de 2015

A flor do campo.

Ser míope é uma cena lixada, não só pelo facto em si, mas pelas situações caricatas que podem proporcionar.
 
Começo já a partir tudo: eu tenho 8 (oito!!!) dioptrias. Que é como quem diz, não vejo um boi à frente se tiver sem lentes de contacto. Todo um mundo alternativo se forma, em jeito de borrão e explosão de cores e formas indefinidas, sendo por isso mesmo propício a leves e inocentes enganos, como por exemplo aquele que amiúde me acontece no banho, com o champô e gel de banho. Passo a explicar.
 
Logo de manhã, ainda antes de colocar as lentes de contacto, lá vou eu religiosamente lavar as partes. Até aqui tudo bem. O problema é que, ao contrário de um homem que só usa champô e gel de banho (uma cena para pôr na cabeça e outra para pôr no corpo, simples e básico), deparo-me com várias cenas diferentes para para pôr no cabelo – vários champôs, amaciador, acondicionador, e outras cenas que não sei o que lá fazem nem para que servem – e no corpo – gel de banho com cheiro a isto e àquilo, com componente de esfoliação e o diabo a sete ou lá o que é isso. Gajas, vá-se lá percebê-las.
 
E eu, como é óbvio, sem ver nada à frente, pego na primeira coisa que calha. O que leva a situações engraçadas, como andar todos os dias de comboio e autocarro a exalar um forte odor campestre a roçar os frutos silvestres, ou um travo a mel da montanha, qual macho latino que se preze.
 

Dexter, a flor do campo. Pois.
 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Coisas que me irritam - IV

Quando ando ali à rasca para arranjar um lugar para estacionar, já depois de voltas, voltas e mais voltas a todos e mais alguns parques de estacionamento, de repente vejo um buraquinho, faço o sinal para estacionar, e quando já estou a virar...afinal está lá a porra de um Smart que não dava para ver da estrada.

É isso e pessoal que ocupa um lugar de estacionamento com uma mota.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Das prendas de casamento.

E eis que chega a tão aguardada época dos casamentos. Sol, calor, alegria, álcool, comida da boa à pala para comer até rebolar, brasileirada e azeiteirada na pista de dança como mandam as boas regras da diversão nupcial, e por aí em diante.

Mas tudo são rosas? Nada disso, porque o pessoal esquece-se sempre de um pormenor muito importante: a prenda de casamento. Isto é tudo muito giro e tal, mas um gajo tem sempre de chimpar uma nota preta nos casórios para o qual é convidado, sendo que as boas regras de etiqueta mandam que a oferta seja pelo menos o mesmo que os noivos gastaram com o cada convidado. Se não é assim, deve ser algo do género, mas adiante, que estamos a chegar ao busílis da questão.

E a questão que hoje quero colocar é a seguinte: o que fazer quando o mesmo tipo casa duas e três vezes? Somos obrigados a abrir os cordões à bolsa de cada vez que o gajo decide que tem um novo amor para a vida? É que se o bacano trocar de mulher como quem bebe uma mini, passados uns anos já lá deixámos uma fortuna para o gajo andar na boa vida.

Será que há isenções neste caso? Para mim há, por isso meus amigos, ficam desde já a saber que a partir do segundo casamento não dou nada a ninguém. E vou lá dar prejuízo. Depois não digam que não avisei.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Homofobias à parte.

Era uma vez um gajo tão paneleiro, tão paneleiro, mas tão paneleiro...que até era lésbica.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

domingo, 28 de junho de 2015

Uma questão de pormenor.

O que a minha avó diz:

"A vizinha do 5º direito, mãe daquele rapaz que agora usa cabelo comprido e não sabe tratar dele, coitado, anda sempre todo seboso, que no fundo é bom miúdo mas anda com más companhias, e arranjou uma namorada que vai-se lá saber onde a foi desencantar, mas que acho que afinal é licenciada em economia mas depois despediu-se e foi trabalhar para um café, sabes aquele café para onde vai o Sr. Domingos, que teve em África na Guerra Colonial e ficou sem um olho por causa do estilhaço de uma granada, contou-me a D. Ofélia que ficou viúva há 10 anos e agora é um rodopio de homens, com aquela idade, vê lá, morreu."

O que a minha avó quer dizer:

"A vizinha do 5º direito morreu."