quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Kizomba em percentagens.

Ninguém me tira da cabeça que 90% das pessoas que dançam kizomba apenas o fazem para andar no roça-roça. Dessa percentagem, 75% afirma veementemente que não, que não é para nada disso, porque do que gostam mesmo é da dança como arte. E desta última percentagem, 50% jura a pés juntos que tem muitas ligações com África, quando na verdade, o contacto mais íntimo que tiveram com a cultura africana foi daquela vez que comeram cachupa na semana intercultural nos tempos do secundário.

sábado, 1 de agosto de 2015

Lógica feminina.

Homem bonito, podre de rico, e com queda para badalhoquice, que faz propostas indecentes a uma pobre moça (como o gajo das 50 Sombras de Grey): é sexy, ousado e irresistível.
Homem feio, pobre (sem ser rico, vá), e com queda para a badalhoquice, que faz propostas indecentes a uma pobre moça: é um porco indecente, nojento, tarado, rebarbado, que vai acabar por levar com um processo judicial em cima, que com muito azar ainda vai bater com os costados na choça e ainda acaba a pagar uma indemnização por danos não patrimoniais.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Um pôr do sol no telhado é buéda fashion.

Ainda na senda do ultimo post – que já tem quase uma semana, mas isto agora é assim, funciona a ritmo turbolento – faço também questão de fazer menção aos “novos” tipos de festa que pululam pelo Facebook: as sunset parties e as rooftop parties.
 
Se forem rooftop no sunset, melhor ainda, especialmente se acompanhado de um gin com bagas e frutos silvestres ou de um champanhe GH Mumm (tem que ser este e não outro). Ou seja, se eu for a rooftop celebrar um sunset, não fica bem pedir uma imperial, sob pena de passar por brega. Por outro lado, ganho pontos extra no Facebook se, para além dos items atrás expostos, aparecer e identificar numa foto as minhas amigas betinhas Rita Sottomayor de Abreu ou Patrícia Vasconcellos e Silva (é imperativo ter três nomes meio pomposos com um “de” um “e”, ou apelido com duas consoantes tipo “tt” ou “ll”). E mais pontos extra ganho se uma dessas amigas tiver uma alcunha tipo “Bibá”, “Pituxa” ou algo assim meio bimbo que por ser aplicado a alguém da Linha passa a ser bem.
 
Estranho mundo este em que vivemos.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Será?

Se eu tiver ido de férias e não tiver publicado as fotos no Facebook, será que fui de férias?
 
Se eu tiver ido beber um copo com os amigos e não publicar fotos no Facebook, será que fui beber copos com os amigos?
 
Se eu for a um festival e não publicar fotos no Facebook, será que fui ao festival?
 
Se eu não tiver Facebook, será que existo?

terça-feira, 21 de julho de 2015

A flor do campo.

Ser míope é uma cena lixada, não só pelo facto em si, mas pelas situações caricatas que podem proporcionar.
 
Começo já a partir tudo: eu tenho 8 (oito!!!) dioptrias. Que é como quem diz, não vejo um boi à frente se tiver sem lentes de contacto. Todo um mundo alternativo se forma, em jeito de borrão e explosão de cores e formas indefinidas, sendo por isso mesmo propício a leves e inocentes enganos, como por exemplo aquele que amiúde me acontece no banho, com o champô e gel de banho. Passo a explicar.
 
Logo de manhã, ainda antes de colocar as lentes de contacto, lá vou eu religiosamente lavar as partes. Até aqui tudo bem. O problema é que, ao contrário de um homem que só usa champô e gel de banho (uma cena para pôr na cabeça e outra para pôr no corpo, simples e básico), deparo-me com várias cenas diferentes para para pôr no cabelo – vários champôs, amaciador, acondicionador, e outras cenas que não sei o que lá fazem nem para que servem – e no corpo – gel de banho com cheiro a isto e àquilo, com componente de esfoliação e o diabo a sete ou lá o que é isso. Gajas, vá-se lá percebê-las.
 
E eu, como é óbvio, sem ver nada à frente, pego na primeira coisa que calha. O que leva a situações engraçadas, como andar todos os dias de comboio e autocarro a exalar um forte odor campestre a roçar os frutos silvestres, ou um travo a mel da montanha, qual macho latino que se preze.
 

Dexter, a flor do campo. Pois.
 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Coisas que me irritam - IV

Quando ando ali à rasca para arranjar um lugar para estacionar, já depois de voltas, voltas e mais voltas a todos e mais alguns parques de estacionamento, de repente vejo um buraquinho, faço o sinal para estacionar, e quando já estou a virar...afinal está lá a porra de um Smart que não dava para ver da estrada.

É isso e pessoal que ocupa um lugar de estacionamento com uma mota.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Das prendas de casamento.

E eis que chega a tão aguardada época dos casamentos. Sol, calor, alegria, álcool, comida da boa à pala para comer até rebolar, brasileirada e azeiteirada na pista de dança como mandam as boas regras da diversão nupcial, e por aí em diante.

Mas tudo são rosas? Nada disso, porque o pessoal esquece-se sempre de um pormenor muito importante: a prenda de casamento. Isto é tudo muito giro e tal, mas um gajo tem sempre de chimpar uma nota preta nos casórios para o qual é convidado, sendo que as boas regras de etiqueta mandam que a oferta seja pelo menos o mesmo que os noivos gastaram com o cada convidado. Se não é assim, deve ser algo do género, mas adiante, que estamos a chegar ao busílis da questão.

E a questão que hoje quero colocar é a seguinte: o que fazer quando o mesmo tipo casa duas e três vezes? Somos obrigados a abrir os cordões à bolsa de cada vez que o gajo decide que tem um novo amor para a vida? É que se o bacano trocar de mulher como quem bebe uma mini, passados uns anos já lá deixámos uma fortuna para o gajo andar na boa vida.

Será que há isenções neste caso? Para mim há, por isso meus amigos, ficam desde já a saber que a partir do segundo casamento não dou nada a ninguém. E vou lá dar prejuízo. Depois não digam que não avisei.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Homofobias à parte.

Era uma vez um gajo tão paneleiro, tão paneleiro, mas tão paneleiro...que até era lésbica.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

domingo, 28 de junho de 2015

Uma questão de pormenor.

O que a minha avó diz:

"A vizinha do 5º direito, mãe daquele rapaz que agora usa cabelo comprido e não sabe tratar dele, coitado, anda sempre todo seboso, que no fundo é bom miúdo mas anda com más companhias, e arranjou uma namorada que vai-se lá saber onde a foi desencantar, mas que acho que afinal é licenciada em economia mas depois despediu-se e foi trabalhar para um café, sabes aquele café para onde vai o Sr. Domingos, que teve em África na Guerra Colonial e ficou sem um olho por causa do estilhaço de uma granada, contou-me a D. Ofélia que ficou viúva há 10 anos e agora é um rodopio de homens, com aquela idade, vê lá, morreu."

O que a minha avó quer dizer:

"A vizinha do 5º direito morreu."

terça-feira, 23 de junho de 2015

Coisas que me irritam - III

Aquele pessoal que ouve música alta nos transportes públicos.

Vamos lá ver se nos entendemos: há largos anos atrás, foi inventada uma coisa chamada headphones, que mais tarde evoluiu para earphones (se não tiver sido bem isto, deve ter sido qualquer coisa do género), dispositivos que têm como função ouvir música sem incomodar outrem. Mas ainda há gente que ignora este milagre da ciência.

É vê-los no comboio, no metro ou no autocarro a partilhar a sua kizombada com o resto do pessoal, plenamente convencidos do seu swag, quais badass de Alfornelos.

Para além de ser completamente bimbo, a música é sempre uma merda. Sempre. Ou é kizomba - que é uma merda, doa o que doer - ou hip hop tuga péssimo (há bom?). Nunca foge muito disto. Podiam aligeirar a coisa e passar uns clássicos que toda a gente gosta, mas não, insistem permanentemente na azeiteirada.

Solução? Meter os nossos phones nos ouvidos e colocar o som da música no máximo. É por isso que estou surdo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Os gajos do IT.

Num escritório de advogados, os mails do pessoal do departamento de IT têm tanta importância como aqueles panfletos dos serviços de canalização que nos deixam nos pára-brisas do carro: zero, zilch, nada.

(depois é um "ai tio ai tio" quando o computador crasha e ninguém percebe porquê) 

Constatação do dia.

Os vegan são como as Testemunhas de Jeová: são chatos, insistentes, querem à força toda que o pessoal adopte a "religião deles", e...
 
...comer carnufa é do melhor, é o que tenho a dizer.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Peer pressure.

Vamos lá ser todos uns homenzinhos e admitir de uma vez por todas que muitas vezes só lavamos as mãos depois de ir dar uma mijinha, se estiver mais alguém no WC e não queremos passar por uns javardões.

Vá lá, não me deixem ficar mal.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Sabes que estás velho quando...

a) Vais mais cedo para um evento para teres lugar onde estacionar o carro;
 
b) Não vais à praia à "hora do calor" porque faz mal;
 
c) Comes legumes porque gostas e não porque te obrigam;
 
d) Os teus encontros com os amigos são "jantaradas" e não "futeboladas";
 
e) Preferes mil vezes passar a noite num bar/pub com os amigos a conversar e a virar umas imperiais, em vez de ir para o Urban ver miúdas alcoolizadas e dar 5 euros por um vodka ananás;
 
f) Ouves as bandas que os teus pais ouviam quando eras puto e perguntas-te a ti próprio como é que nunca tinhas ligado nenhuma àquilo;
 
g) Procupas-te com o colesterol e com a próstata;
 
h) Já olhas de lado quando alguém que não conheces te trata por "tu";
 
i) Já não podes concorrer a certos empregos porque já não és "júnior";
 
j) Nunca um soninho depois de almoço te soube tão bem.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Coisas que me irritam - II

A mania dos Doutores e Engenheiros.
 
Aquele portuguesinho que usa o "título" académico para se apresentar, ou para assinar cartas, emails, e afins.
 
"Muito prazer, o meu nome é Dr. António Sottomayor e Burnay (nome escolhido ao caso, não se pretende ferir susceptibilidades)". A sério? Chamas-te Dr.? Nome do caraças, digo-te já.
 
Ou então a assinatura do email, com o nome e o correspondente título, seguido do "PHD", ou "Doutor em Direito". Já agora, porque não metem também os centímetros da pila?

terça-feira, 9 de junho de 2015

O casamento da Cinderela, ou o sonho de uma vida.

Sempre tive a ideia que grande parte das mulheres passam a infância, a adolescência e a vida adulta – ou seja, a vida toda – a sonhar e a idealizar o casamentos dos seus sonhos. O Facebook só veio confirmar a minha tese, o que, de certa forma, me deixa algo agradado, uma vez que gosto sempre de ter razão. E neste caso tenho mesmo.
 
Há miúdas lá da minha rede social que têm orgasmos com a perspectiva do casamento que se avizinha. Aliás, ponho as mãos no fogo em como toda a idealização e planificação do casório lhes dará mais prazer que a própria noite de núpcias. Mas isso já são contas de outro rosário.

O certo é que, uma vez pedidas em casamento – após meses, quiçá anos, de pressão psicológica sobre a outra parte, mesmo que inconsciente – o Facebook destas meninas passa a ser um verdadeiro estendal da Penhalta Novias: um gajo mesmo que não queira, leva com a quinta que foi escolhida para o festim, com os arranjos florais, com o cachucho no dedo, com os centros de mesa, com a toilette das damas de honor, e com uma panóplia de cenas que nem eu imaginava ser possíveis que fizessem parte de todo o processo.

E depois, claro: o vestido da noiva. São dezenas, aliás, CENTENAS de fotos da menina – após o casamento, claro, que não se devem quebrar tradições – em todas as poses possíveis e imaginárias, a demonstrar o quão realizada e feliz da vida está por passar a partilhar a vida com o Tomané que aparece em meia dúzia de fotos, não passando de um mero acessório no meio disto tudo, o qual passou a despedida de solteiro no Vale de Santarém e como não quer a coisa saiu da Kikas com Cartão de Cliente Gold. Mas o que interessa é que a moçoila casou! O facto de ela vir a descobrir que o Tomané padece de uma DST amavelmente cedida por uma moldava, é apenas um mero pormenor, bem como o facto de o casamento apenas durar quatro meses, pois o Tomané é fraco de carnes e a coisa ficou difícil quando a colega de trabalho lhe encostou uma pistola à cabeça e o obrigou a ter relações sexuais em cima da mesa da sala de reuniões.

Mas tem fotos para por no Facebook e isso é que é importante.

P.S.: É só de mim, ou a maior parte das damas de honor são sempre grandes tramnbolhos? Parece sempre que escolhem as feias. Deve ser para não ficarem tristes.

 

domingo, 7 de junho de 2015

Bater as bolas.

Tenho um amigo que afirma só gostar de ténis feminino, por causa "dos gritos das gajas quando batem as bolas".

Dixit.

E é o que temos...

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Putaria.

Hoje em dia, com a crescente proliferação da moda beto-hipster (no fundo, e se pensarem bem, acaba por haver uma convergência), assistimos a um incrível fenómeno, especialmente ali para os lados do Príncipe Real: os estabelecimentos comerciais com o sufixo "-ria". Passo a explicar.
 
Ele é hamburgueria, cervejaria, peixaria, iogurteria, cevicheria (que merda é esta?! mas existe, vi isto hoje enquanto vinha no autocarro para o trabalho), e mais uma data de mariquices pseudo-ins nas quais um gajo paga um balúrdio e não come nada de especial. Ok que eu tenho um "de" no meio de dois apelidos, mas mesmo assim prefiro uma boa tasca onde coma que nem um javardo e pague pouco. Coisas minhas.
 
O que me reconduz para uma dúvida existencial, para o caso de eu decider armar-me em empreendedor e iniciar um negócio: imaginem que eu queria abrir uma "casa de massagens" no Príncipe Real. Como iria chamá-la? Putaria? Com prestação de serviços gourmet?
 
Será que teria saída e viria na Time Out? Fica a ideia.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Ajudem o infoexcluído.

Alguém sabe como retirar aquela treta do "prove que não é um robot" dos comentários?

Agradecido.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Curtas.

Sabes que é tarde demais quando, a meia da noite, no escuro e sem lentes de contacto, te levantas para dar uma mijinha, e em vez de ouvir o som da loiça, ouves outro completamente diferente que muito provavelmente é o da tampa da sanita.

Percebo tanto de ténis como de física quântica.

Até há bem pouco tempo, pensava que o Wawrinka era uma mulher. Que culpa tenho eu que arranjem nomes de gaja?

segunda-feira, 1 de junho de 2015

As vozes na minha cabeça ou como estou próximo do burnout.

Sou um cobardolas, é a conclusão a que chego todos os dias, fruto dos meus diálogos-que-só-acontecem-na-minha-cabeça-mas-que-deviam-ter-lugar-na-vida-real.

Dou um exemplo de uma dessas situações vivenciadas no dia-a-dia: vou no elevador do prédio onde trabalho, que para num andar para um engravatadinho afectado como eu entrar. Sou apologista e acérrimo defensor de que quem entra ou chega a um sítio, deve cumprimentar os que já lá se encontram. O que é que o gajo faz? Nada. Entra mudo e sai calado, mantendo aquele seu ar enconado de forma permanente, como se todo o mundo lhe devesse e ninguém lhe pagasse.

O que é nesse momento passa na minha cabeça? "Boa tarde para ti também ó filho da puta, e se fosses para a real putinha que te pariu mais a tua educação burguesa de merda?".

E o que é que eu faço? Nada. Olho para o espelho para ver se estou com um aspecto minimamente decente e vou-me embora quando o elevador chega ao destino.

(sim, estou a roçar o burnout)

sábado, 30 de maio de 2015

Depois ficam para tias.

Juro que não consigo entender porque é que as mulheres fazem tanta questão em bradar aos sete ventos que se orgulham de ter mau feitio.

Está errado, não é uma coisa boa.

Não existe coisa pior que aturar uma gaja insuportável.

É por isso que existe a taxa de divórcios que existe e tanta tipa a ficar para tia.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Os homens e a comida, ou como quando um gajo pede um folhado de carne é porque quer mesmo o folhado de carne.

Existe uma coisa que as mulheres têm que saber sobre os homens: nós não gostamos de partilhar comida.

Seja o que for.

Estão a ver aqueles cães que estão com o focinho enfiado na comida, e que rosnam ao mesmo tempo que mastigam quando sentem que alguém lhes quer ir ao alimento? A diferença para connosco, homens, é que os cães têm mais pelo e uma cauda. E outras cenas, vá, mas achei que ficava uma piadola engraçada.

E se há coisa que encanita um gajo é quando estamos num café, nos viramos para a amiga/namorada/mulher, e dizemos: "Olha, vou ali buscar um folhado de carne. Queres que traga alguma coisa para ti?". Ao que ela responde "Não, eu tiro um bocado do teu."

Fod** tudo. Se um gajo pede um folhado de carne, ou qualquer merda que seja, é porque quer comer a porra do folhado todo. Não quer comer 3/4 de folhado. E isso é coisa para lixar a tarde a um gajo.

A menos que se esteja na fase do engate e ainda se está na parte romântica de partilhar um gelado. Mas isso já são outras núpcias.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Dos rótulos e das novas tecnologias.

Com a ascensão das novas tecnologias, assistimos a uma progressiva perda de hábitos que nos eram tão queridos e familiares durante muitos anos. É natural, temos que aceitar este fenómeno com alguma naturalidade.

No entanto, não posso deixar de manifestar o meu desencanto com o facto de já ninguém se dignar a ler os rótulos do spray ambientador ou do WC Pato enquanto se encontra no real cagatório, substituindo este costume de décadas pelo telemóvel com wireless.

São os valores que se vão perdendo. Lastimável.


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Coisas que nunca irei perceber.

O pessoal que vai de boné para o ginásio.

Por mais explicações que me possam dar, não existe nenhuma justificação minimamente racional para o facto. É só...vá, parvo.

domingo, 24 de maio de 2015

A verdade é outra.

Gosto das explicações que as pessoas dão quando deitam sangue do nariz sem aparente motivo (ou seja, sem terem "batido com a cara numa porta", que é como quem diz "levei nos cornos que nem gente grande").

As justificações vão desde o célebre "apanhei muito sol na cabeça", até ao "tenhos os vasos sanguínios muito frágeis", passando pelo "foi a espirrar", ou outras questões mais hipocondríacas que seriam de mau gosto estar aqui a listar.

Mas a verdade é uma e só uma: andaram a tirar macacos do nariz e não cortaram as unhas. É simples.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Coisas que nunca mudam.

Quando éramos putos e fazíamos daquelas noitadas do caraças, em que mal sabíamos como chegávamos a casa, os acontecimentos da noite não eram mais que meros flashs, a nossa maior preocupação era entrar pé ante pé em casa sem que a nossa mãe desse por isso. Claro que era óbvio que ela estava sempre acordada à nossa espera com ar de censura, ao que nós balbuciávamos qualquer coisa sem nexo, e meio a cambalear fazíamos uma retirada airosa para o quarto, em jeito de walk of shame.

Depois pensamos: quando for grande vou fazer disto sem prestar contas a ninguém.

Tretas.

Depois és grande, tens um filho, chegas às 7:30 da manhã a casa, e a tua mulher está à tua espera na cozinha a tomar o pequeno almoço.

True story.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Facto.

Lesiono-me no céu da boca sempre que como Toblerone.

Coisas que me irritam - II

Quando estou a escrever algo no PC - tipo como aconteceu há bocado - e sem querer carrego numa tecla qualquer que não sei qual foi e me lixa tudo o que tinha feito até àquele momento.

Sou um descoordenado, eu sei. E um infoexcluído, também sei disso. Mas é absolutamente irritante estar a escrever um post qualquer e de repente, quando já se está quase no fim, acontece uma merda qualquer que deita aquilo tudo abaixo.

Por isso é que vez de terem um post fixe, tiveram esta porcaria que não tem jeito nenhum.

sábado, 16 de maio de 2015

Sonhos de um adolescente.

Quando estamos naquela faixa etária ali entre os 13 e os 17 anos, temos uma visão muito própria e algo utópica do que poderá ser a nossa vida futura. E para um rapazinho púbere, essa visão assume especificidades muito particulares.

Na minha adolescência, e no meio de toda a minha inocência, cheguei a pensar que podia fazer dinheiro a doar esperma. 

Exactamente, a lucrar significativamente tirando partido do meu onanismo.

Tudo isto porque, num longínquo dia, visionei um determinado programa cujo nome já não me recordo, cujo tema era exactamente esse: doação de esperma. E os tipos recebiam dinheiro por isso. E durante uns anos pensei que, caso a minha vida profissional desse para o torto, sempre podia ganhar a vida a bater punhetas. Ainda por cima naquela fase da vida, em que tal prática se encontra devidamente calejada. Literalmente.

Depois cresci e percebi que não seria possível. É uma pena. 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Coisas que me irritam - I

Quando me respondem a algo com um "lol".

(no meu outro falecido blog tinha esta rubrica...não é plágio imitar-me a mim próprio, pois não?

domingo, 10 de maio de 2015

Como eu adoro o Facebook - II

Todos nós temos pelo menos um amigo de Facebook que passa a vida a publicar fotos das viagens que faz.

Mas uma coisa são fotos pontuais daquela viagem à República Dominicana que fez em 2007, outra coisa bem diferente é aquele gajo que faz 238972937 viagens por ano, sem tu perceberes bem como é que aquilo acontece, e onde é que o tipo vai buscar o dinheiro para levar esta vidinha de luxo.

Ele é Seychelles, ele é Marrocos, ele é Brasil, ele é EUA, ele é México... E quando pensas que aquilo acabou por ali, o gajo não vai de modas e espeta com um álbum de fotos da viagem de 6 meses que fez pelo Sudeste Asiático.

Enquanto isto tudo te passa à frente dos olhos, e enquanto tentas arranjar uma explicação plausível para este fenómeno, ainda consegues deprimir mais quando te lembras que a última viagem que fizeste foi a Pegões, quando aproveitaste uns descontos bacanos que encontraste no site da Groupon.

sábado, 9 de maio de 2015

Da preguiça.

Sou tão preguiçoso, tão preguiçoso, mas tão preguiçoso, que tenho cartas por abrir desde 2010.

Se até agora não me disseram nada, é porque não era assim tão importante.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

A inocência é uma coisa tão bonita.

Durante muitos anos, em época de eleições, sempre me fez confusão ver o entusiasmo esfuziante dos apoiantes dos partidos vencedores, seja na sede de campanha, seja na rua a agitarem bandeiras e cachecóis, como se tivessem acabado de ganhar um campeonato do mundo de futebol.

Pensava eu para comigo: "Mas esta gente está tão contente porquê? Não percebem que mudam as moscas, mas a merda é a mesma? Seja rosa, seja laranja, esta desgraça de país não vai melhorar por causa dos pançudos que foram agora para o poleiro...mas gabo-lhes o optimismo!".

Anjinho, eu não passo de um anjinho.

O que esta gente festeja não é a perspectiva de melhoria da situação político-económica do país. Nada disso, nã nã nã ni não.

O que esta gente festeja são os tachos que lhes estão reservados: um vai ser assessor não sei do quê; o outro vai fazer parte do comité para qualquer coisa que pouco interessa mas que tem um nome pomposo; o outro vai para chefe de um serviço de finanças quando levou quatro anos a acabar a cadeira de Direito Fiscal - e acabou com 10! E por aí em diante.

E não é razão para festejar? Ó se é.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Cenas de Cota - III

Sempre que querem ler algo de uma folha, sacam de uns óculos que miraculosamente aparecem do bolso da camisa de flanela ou de padrão toalha de mesa, e empinam-nos no nariz, enquanto lêem.

Assim que acabam de ler, tiram os óculos e metem-nos novamente no sítio de onde os tiraram. Se durante a conversa, tiverem de ler mais vezes a mesma coisa, repetem o acto quantas vezes for necessário: ora tira, ora arruma, ora tira, ora arruma.

domingo, 3 de maio de 2015

Da maturidade

Passei os 30 há mais de seis meses e já começo a sentir os sinais da maturidade a invadir todos os ângulos da minha vida.

É que ontem, pela primeira vez na minha existência, estive num casamento e consegui chegar completamente sóbrio ao prato de carne.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Como eu adoro o Facebook - I

Adoro aquelas attention whores do Facebook que, no desespero total de atenção e do desejo inexorável de acumulação exorbitante de likes, seguem o seguinte modus operandi: foto com roupa reduzida, decote pronunciado - ou seja, mamas de fora -, duckface, unha de gel com decoração, e a pièce de resistance que dá todo o brilho à coisa, uma frase de um escritor clássico a servir de legenda à ilustração, que em 99,9999999999999% dos casos nada tem a ver com a pic.

Curioso que as gajas da Margem Sul citam Anselmo Ralph em vez do Eça ou do Fernando Pessoa (estes dois reúnem as preferências, vá-se lá saber porquê). Para reflectir...

Ajuda precisa-se.

Eu devia dar uma corzinha a isto, não devia? Não sei, está muito minimalista, muito virgem, semelhante à vida sexual de um puto do secundário que passa a vida a jogar Skyrim.

Além do mais, desde que há dois anos fiz uma pausa sabática deste mundo, perdi um pouco o contacto com a blogosfera. O que é que há aí de porreirinho que valha a pena visitar?

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Constatação do dia.

Sabes que quiçá escolheste a profissão errada, quando todos os dias ao acordar pensas que preferias ser portageiro numa autoestrada do Alentejo no turno da noite.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Olha, entupiu.

Sou perito em meter-me em situações embaraçosas, sejam elas quais forem. Quando pode dar asneira, e tendo sempre em conta a famigerada Lei de Murphy, é muito provável que eu esteja lá batido.

Mas há situações embaraçosas e há Situações Embaraçosas: e estas últimas. via de regra, envolvem cocó. Passo a explicar.

Imaginem a seguinte situação: estão em casa de amigos, num daqueles jantares de aniversário com gente que não conhecem e em que se esforçam minimamente por fazer boa impressão. A páginas tantas, talvez devido ao gin tónico que-antigamente-era-só-gin-com-água-tónica-mas-que-hoje-em-dia-é-uma-mariquice-pegada-com-uma-data-de-frutos-silvestres-que-eu-nem-sei-o-nome-servida-em copos-ainda-mais-mariconços, dá aquela vontadinha que ir ao WC fazer o número dois. Um gajo tenta aguentar, porque chamar o senhor castanho em casa alheia nunca se encontra no topo das preferências sociais, mas chega a um determinado em que é ele ou eu.

E lá vamos nós. 

Tentando não demorar muito tempo, não vá o pessoal ficar a pensar coisas, rapidamente temos a tripa novamente livre depois de largar meio quilo da feijoada do almoço. E chega a parte em que puxamos o autoclismo. E, por sua vez, chega a parte em que entramos em pânico, porque...a sanita entupiu e água está a querer sair dali para fora, com tudo a que tem direito. E isto tudo em casa dos nossos amigos queques que têm convulsões até quando vêm migalhas de bolachas integrais no tapete da sala.

O que fazer? Não sei. Mas sempre optei pela saída cobarde: "Pessoal, quem é que foi o último a ir à casa de banho? Fez ali um lindo serviço, fez...". 

Não há nada como uma saída airosa.

domingo, 26 de abril de 2015

Cenas de cota - II

Usam aqueles lenços de tecido para assoar o nariz.

E independentemente das vezes que o utilizam, metem-no sempre cheio de ranho dentro do bolso - preferencialmente do blazer - depois de o terem dobrado e feito o vinco como mandam as regras.

Cenas de cota - I

São os únicos que deixam mensagens de voz quando não atendes o telemóvel. 

E chegam mesmo a manter monólogos acesos com o atendedor de chamadas.

Procrastinação

Eu já sabia que isto ia acontecer. "Ah e tal, vou recomeçar a minha vida nos blogues", mas passado um mês, ainda nem uma publicação fiz. Bem, sem contar com a primeira. E com esta, que também não conta.

Não sei o que se passa, se é da idade, ou do que quer que seja, mas parece que quanto mais velho fico, mas aprimoro os meus índices de procrastinação, que já de si sempre foram elevados. Mas fiz uma promessa a mim próprio que é desta que vou começar a escrever assiduamente. Tem que ser, e o que tem que ser, tem muita força.

E já que falo em "procrastinação", sempre achei que esta é uma daquelas palavras estúpidas e pretensiosas que são criadas para camuflar algo bem mais simples, como o é a simples "preguiça". Está ali na mesma onda do "brunch", que no fundo não é mais do que uma buchinha a meio da manhã para enganar a fome. Parece que, hoje em dia, é cada vez mais premente arranjar palavras mais arranjadas, ou mais retocadas, para definir uma coisa mundana. 

Mas tenho de dar o braço a torcer: definir-me como "procrastinador" é melhor do que "preguiçoso".

Até parece que é uma coisa boa.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

E é isto.

Após mais de dois anos de pausa sabática, decidi voltar a esta coisa dos blogues.
 
Porém, e enquanto não arranjar paciência - que, para ser sincero, não abunda - isto vai ficar assim com este aspecto sensaborão e monocromático. Verdade seja dita que também nunca fui gajo para muitos rococós.
 
E também digo desde já que não sei quando é que escrevo um post a sério. Este serve só para avisar que estou de volta. Só não sei até quando, mas estou de volta.